Big Brother Brasil x A Fazenda: o melhor e o pior de cada formato

A notícia da prorrogação do reality show “A Fazenda 2”, da Record, que foi estendido em 3 dias (terminará agora no dia 10 de fevereiro) a pedido de patrocionadores, mostra que por mais que se critique o formato, o sobrevida de programas deste tipo se dá mesmo pela audiência.

Enquanto a segunda temporada do reality rural  está na reta final, com os roceiros André Segatti, Igor Cotrim, Karina Bacchi e Mateus Rocha vivendo muito mais em uma gincana por novos prêmios do que dentro de uma disputa, a décima edição do BBB, da Rede Globo, ainda tem 15 participantes e começa a esquentar. Enquanto o formato global já tem seus fãs cativos, que acompanham o programa independentemente de quem são os brothers da vez, o formato da Record engatinha e começa também a conqusitar uma parte dos telespectadores. Acima das críticas aos dois programas (não acrescentam nada de útil, cultural ou novo, e bla bla blá), acredito ser necessário reconhecer os erros e acertos de cada produção como forma de avaliar o que há de melhor e pior.

Para começar, duas das diferenças mais gritantes: a maneira como é configurada a votação e a eliminação dos participantes. No BBB, os votos são dados no confessionário, um momento tenso do programa e que sempre foi apreciado pelo público, enquanto que no A Fazenda essa votação é feita na lata, no meio de todos, permitindo argumentações e mudanças de opinião estratégicas ao vivo. Pessoalmente, acho que a segunda opção é melhor para a dinâmica do jogo e se este método fosse usado mais frequentemente no Big Brother, que é um programa com anônimos, teria ainda mais resultado do que no reality rural.

A eliminação é feita de forma oposta: enquanto no BBB ela é aberta, com todos tendo acesso ao discurso (e às dicas) do Bial, o A Fazenda isola os três participantes que estão na roça, fazendo com que apenas eles saibam o que foi dito e como. Acredito que é mais um ponto positivo do programa da Record, pois deixa os outros jogadores curiosos e mais competitivos. Além disso, algo que apimentaria a competição no Big Brother seria dizer as porcentagens de cada participante após o paredão. Em A Fazenda não é informado este dado, mas pela ordem da volta dos roceiros, é possível saber quem foi mais votado.

Dourado no confessionário sabendo sobre o Poder Supremo

Não estou defendendo A Fazenda como um reality show melhor do que o BBB: sem dúvidas, o Grande Irmão Global é muito superior em produção, direção e afins. Mas acho que vale a pena prestar atenção nos acertos do reality da Record que tem, sim, suas qualidades. A diferença essencial é, sem dúvidas, a participação anônimos na Globo e famosos na Record, o que faz com que os jogadores se mostrem mais ou menos, além de determinar o ritmo de cada jogo. Neste quesito, o Big Brother Brasil, que especialmente na edição de 2010 escolheu muito bem seu elenco, ganha disparado.

Hoje tem formação do terceiro paredão do BBB10, que pode determinar a saída de uma jogadora importante na terça-feira (Tessália) ou de um jogador estratégico (Alex). A Poder Supremo deve dar sobrevida ao Dourado, mas também tende a se tornar um tiro no pé, já que alterar a vontade de um ou mais brothers deve capitanear mais desafetos na casa. Paralelamente a isso, A Fazenda 2 elimina mais um jogador hoje, deixando três peões para a final. A aposta está entre Karina e Igor, mas André Segatti corre por fora.

Atualização: Igor Cotrim, que enfrentou a Roça muitas vezes no A Fazenda 2 e tinha grande apoio do público, acabou não resistindo à berlinda de hoje e deixou o jogo. Restaram agora Matheus Rocha, André Segatti e Karina Bacchi, três pessoas que não imprimiram grandes marcas na edição. Enquanto isso, no BBB10, o terceiro paredão foi formado: Alex (casa) x Anamara (big fone) x Tessália (líder). Grandes chances de sair mais uma mulher do jogo na terça-feira. Já o Dourado, pressentindo que vai estar no paredão na próxima semana, guardou o Poder Supremo para quando o seu estiver na reta.